Automação e soluções autônomas fazem parte da Indústria 4.0. A transformação digital pede busca por parcerias e co-criação em soluções para ganhar rapidez e escalabilidade.

Mayron Rodrigues da Silva, Siemens

“Fabricantes precisam lançar produtos cada vez mais rápido. E o mais rápido é o que vence. Independente da complexidade do produto” – Mayron Rodrigues da Silva da Siemens

Desde 2007 a Siemens vem fazendo investimento no mundo de software. Vem comprando empresas para que consiga oferecer um portfólio variado para conduzir os seus clientes para a transformação digital.

Mayron exemplifica o ganho de velocidade e assertividade com a Indústria 4.0 no processo de automação:  “No mundo virtual você consegue testar antes uma solução, depois aplica a solução em um ambiente virtual de produção para fazer ajustes (prever erros e gargalos e inicia o processo de aprovação com o cliente) e somente depois a solução vai para o mundo real (aplicação da automação em si)  – é na aplicação real que há a coleta constante de informação para otimizar processos.”

Neste processo de transformação o mais importante para Mayron, é que o cliente tenha de forma clara o que ele quer ser resolvido com a automação e ter uma equipe dedicada cuidando disto, caso não tenha uma equipe interna capacitada, contratar uma empresa/parceiro que o ajude neste processo, num trabalho de co-criação.

Julio Bolzani, EMBRAER

Hoje a EMBRAER está trabalhando em soluções autônomas.

Segundo Júlio Bolzani é importante que fique bem claro o significado da palavra “autônomo”, que é o sistema capaz de operar sem a intervenção direta do ser humano. Autônomo é diferente de automatizado – autônomo toma decisão sozinho.

“Quando a gente cria soluções sem ter o controle direto do ser humano os sistemas envolvidos são muito mais complexos, pois precisam ter um nível de segurança muito maior. Por mais simples que seja a tarefa a ser feita para uma solução autônoma é algo bem complexo para um sistema, um robô ou uma máquina fazerem sozinhos”, afirma Julio.

Esta dificuldade está justamente na diferença que um ser humano tem o contexto, a experiência, notamos coisas que são naturais e muitas vezes nem percebemos a importância – traduzir tudo isto para que uma máquina seja autônoma não é tarefa fácil.

Ronald Delfino, Nestlé

A pesquisa de inovação e a transformação digital são realidade em unidades da Nestlé no mundo todo. Nesta jornada de transformação viram que a transformação cultural dos colaboradores era fundamental para alcançar o êxito desejado. Hoje a Nestlé atingiu um índice de eficiência na linha de produção de 85%. Mas a transformação é continua e a inovação chega de forma direta até o consumidor final: hoje a Nestlé possui uma máquina de ponto de venda, onde um robô monta uma caixa de capsulas de Nespresso conforme a seleção feita pelo consumidor. Esta ação além possibilitar uma nova experiência de compra ele capta informações do consumidor.

> Nestlé no Parque Tecnológico São José dos Campos

A Nestlé agora está dentro do Parque Tecnológico São José dos Campos.

Segundo Delfino: “Estar no parque é uma forma de buscar a “cross industry innovation” de uma forma mais rápida. Estar dentro do Parque SJC é estar em um ecossistema que vai fazer trazer soluções até mais rápido e melhores do que poderíamos fazer sozinhos. As soluções desenvolvidas no Centro do Parque serão testadas na fábrica de Caçapava e depois replicadas para outras unidades industriais”.

Este foi o painel: O setor aeroespacial e alimentos transbordando suas experiências tecnológicas para outras áreas industriais

Industria 4.0: 22/out – 15h15

Moderador: Marcelo Nunes da Silva – Parque Tecnológico São José dos Campos

Palestrantes:

Mayron Rodrigues da Silva – Siemens

Julio Bolzani – EMBRAER

Ronald Delfino – Nestlé

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.